Ouvimos o Dark Horse White Horse!

Ouvimos o Dark Horse White Horse!

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Rostos bem conhecidos por cada um de nós: Marcela Bovio, (ex-Stream of Passion, MaYaN, Ayreon), Ruben Wijga (ex-ReVamp, BlackBriar) e Jord Otto (ex-ReVamp, ex-VUUR, My Propane). Completando o time, temos a participação na bateria com o Ariën van Weesenbeek (Epica, MaYaN, ex-God Dethroned), e o baixista Siebe Sol Sijpkens (Phantom Elite, Destiny Potato, Sordid Pink).

Após anos trabalhando na cena do metal holandês, o trio encontrou a oportunidade de combinar suas habilidades e influências para criar uma mistura única do progressivo, eletrônico e, claro, o tão querido sinfônico; nascendo assim, o DARK HORSE WHITE HORSE.

O Head up High teve a oportunidade de ouvir o EP que será lançado no dia 16 de abril deste ano e aqui estão nossas impressões:

Judgement Day (04:00): Essa música, que abre o EP, parece algo de outro mundo. Guitarras e baixos pesados mostrando a todos a que veio. Se você é um entusiasta de metal progressivo e outras vertentes menos “fáceis de se ouvir”, você vai se amarrar instantaneamente nessa música. Os versos pré-refrão trabalham num tempo quebrado, te dando a sensação que ao juntar com as palavras que estão sendo cantadas, passam a impressão de desespero e medo, revolta e fúria. É  curioso e certamente belo começar o EP cantando a plenos pulmões que é o fim do mundo. O refrão gruda na sua mente de uma forma positiva, com Marcela soltando sua voz incrível e reconhecível os versos “this is the end of the world, the end, the end!” – e que sensação mais propícia de se ter durante essa pandemia, não é?

Os backing vocals e as múltiplas camadas vocais também são um fator a ser mencionado e aplaudido. Que excelente trabalho de arranjo com essas linhas vocais secundárias, a imersão que elas causam é o que nós, aficionados pela música, buscamos sempre que apertamos play em qualquer coisa. A música instantaneamente te leva a bater cabeça, o peso e a progressão, a relação entre criar tensão e aliviar nos momentos certos gera uma sensação de satisfação enorme. Ao vivo ela seria uma abertura de show que já te deixaria sem voz logo na primeira música.

Black Hole (04:13): Foi a música mais “tranquila” do EP.  Mas dizer isso é longe de dizer que a música é calma, pois ela é frenética e cumpre bem a sua missão no álbum. Os riffs dessa música são excepcionais, como o de todas as músicas. O trabalho de Jord Otto nas guitarras é incrível em toda a sua carreira, mas eu tenho motivos a acreditar que especificamente no DHWH ele fez um de seus melhores trabalhos, se não o melhor.

O uso de sintetizadores de Ruben Wijga para conectar os versos é feito de forma bem pensada e adiciona uma sensação inesperada para música – raramente vemos o timbre do sintetizador sendo usado nas músicas de forma tão presente para conectar os versos e é feito de forma bem pensada e adiciona uma sensação inesperada para a música. Os vocais estão agressivos e expressivos, te levam o sentimento necessário para te guiar pelo peso da música.

The Spider (04:15): Essa música é de uma energia constante e intensa. A sucessão dos solos de guitarra seguido do solo de sintetizador é o metal na sua forma mais interessante. É possível escutar o espaço criativo que cada um dos músicos teve para a criação das músicas, sem ser necessário dosar-se para se encaixar em determinado gênero ou expectativa. começa soando brutal e impossível de tirar da mente. Ela possui riffs específicos que não saem da cabeça mesmo depois de finda a música. A suavidade da voz da Marcela no começo em contraste com o peso arrepia e conforme o tom vai aumentando gradativamente você vai se sentindo cada vez mais embebido na canção. O refrão soa leve e cativante, mas de uma maneira diferente das anteriores, ainda mais madura- se é que é possível. O solo de guitarra é um show a parte na música, precisa ser destacado como um ponto altíssimo, bem como o solo de synths.

Get Out (04:11): Ela provoca uma sensação de desconforto que me soa proposital.  A calma com que os versos começam e se tornam um clamor de expurgo me fizeram arrepiar também. Até mesmo os vocais suaves no começo soam pesados. Os versos do refrão, “You’re not welcome here” sao cantados de forma forte e tocante. O violino ao fundo nas poucas partes calmas soa como a calma antes da tempestade. Mais um solo de guitarra para nos fazer tremer. E uma composição de tirar o fôlego, certamente.

A atmosfera das estrofes dessa faixa é incrível, a voz de Marcela com uma interpretação e sentimento incrível a cada verso e o sintetizador ajudando a intensificar os sentimentos da voz se conversam de uma forma excelente, e logo que você está se acostumando com essa sensação, o refrão vem forte e de forma intensa. A dinâmica da música é estupenda, a música nunca te deixa ficar distraído porque sempre há uma mudança interessante, ela te mantém atento para todos os mínimos detalhes que estão acontecendo (e mudando constantemente) conforme os versos passam.

Cursed (05:20): [nossa favorita, sem dúvidas] O backing vocal em impostação lírica que acontece conforme a música transmite a ideia realmente do nome da música: uma maldição lançada. O contraste da voz de Marcela com os riffs é encantador. Mas nada é mais incrível do que a surpresa que Cursed traz para o ouvinte, além dos backing vocals. Uma música extremamente forte, sem limites e instrumentalmente poderosa.

É notória a vontade, especialmente nesta canção, de dizer em alto e bom som o que se precisa, de forma enfática. Marcela pronuncia cada palavra com precisão cirúrgica de intenção e significado. Os vocais altíssimos combinados com os riffs potentes e solos de guitarras incríveis por cima transformam essa música no encerramento perfeito para o EP. Os momentos de rápidos orquestração com o teclado trazem uma atmosfera escura e amedrontadora, só consigo imaginar os cenários típicos de um romance de terror. A sensação da segunda parte da música é de fuga, é simplesmente incrível.

★★★★★ 5/5

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É possível dizer que Dark Horse White Horse são mestres da dinâmica nas músicas. Foram 25 minutos de EP de uma música extremamente pesada, porém nunca pesada ao ponto de se tornar monótono de ouvir. Os vocais de Marcela Bovio estão melhores e mais dinâmicos que nunca, tenho a sensação de que ela deu tudo de si enquanto gravava, isso eu afirmo sem a menor preocupação.
Também podemos reafirmar que esse é um dos melhores trabalhos de Jord Otto e de Ruben Wijga. Para quem já achava o trabalho deles incríveis em suas bandas passadas, se preparem para serem arrebatados por uma série de riffs, solos e técnicas variadas. Não podemos esquecer de mencionar Ariën van Weesenbeek e Siebe Sol pelos seus trabalhos fantásticos na bateira e no baixo, respectivamente.

Esse EP só prova que ao combinar com as pessoas certas para um trabalho criativo sem restrições, o resultado é algo incrível e refrescante. Recomendamos para todos os fãs de metal que estejam procurando novas fontes de arrepios musicais. É uma obra de arte poderosa, e nos deixa ansiosos para vê-la ao vivo um dia – ver e ouvir essas canções ganharem vida em um palco, pelas mãos e garganta de músicos tão habilidosos que conhecemos e amamos.

Só podemos dizer que, no futuro, mais músicas deste projeto são mais do que bem-vindas!

Ω Equipe Head up High: Diego, Guilherme e Jess.


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Lançamento: 16 de abril

1. Judgement Day – 04:00
2. Black Hole – 04:13
3. The Spider – 04:15
4. Get Out – 04:11
5. Cursed – 05:20

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Judgement Day

Black Hole

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